Corre no Supremo Tribunal Federal processo contra João Lyra e Antônio José Pereira de Lyra (seu filho) em que são acusados de submeter à condição análoga à de escravo 56 dos 3.300 trabalhadores de uma empresa de sua propriedade que trabalhavam em lavoura de cana-de-açúcar no município de União dos Palmares/Alagoas.
Conforme autos de infração lavrados pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, João Lyra e seu irmão são denunciados por:
Conforme autos de infração lavrados pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, João Lyra e seu irmão são denunciados por:
- Sujeitar os trabalhadores, com frequência, a jornada de trabalho superior a 12 horas por dia, inclusive em período noturno, sem respeitar o direito de descanso aos domingos;
- Não oferecer a eles equipamentos de segurança do trabalho contra os cortadores de cana-de-açúcar;
- Manter os operários em condições desumanas, com alojamentos precários, sem a devida ventilação;
- Problemas nas condições sanitárias do local de trabalho (não possui banheiros);
- Sujeitar os trabalhadores ao consumo de água não filtrada e, no campo, aplacar a sede com gelo, sem qualquer cuidado de higiene.
"(...) os fatos apontados na denúncia afrontam a dignidade da pessoa humana e correspondem ao tipo penal descrito no artigo 149 do Código Penal"
— Ministra Rosa Weber
|
O deputado João Lyra é o mais rico entre todos os 594 parlamentares, segundo informações prestadas à Justiça eleitoral. Dono de uma invejável fortuna declarada de R$ 240,39 milhões.
Postagem relacionada:
Dia dos cortadores de cana-de-açúcar
Nenhum comentário:
Postar um comentário